'Farra’ do crédito de veículos gerou rombo de R$ 22,8 bi para bancos

http://www.nissanclube.com.br/2018/02/farra-do-credito-de-veiculos-gerou.html

O custo da festa do crédito fácil para veículos do começo da década foi alto para as instituições financeiras. Dados inéditos do Banco Central mostram que o setor teve problemas para receber R$ 38,1 bilhões em financiamentos concedidos em 2010 e 2011, quando era possível comprar um carro zero, sem entrada, parcelado em até cem vezes. Bancos já desistiram de cobrar R$ 22,8 bilhões e reconheceram o valor como prejuízo, mas o setor ainda trabalha para receber outros R$ 15,3 bilhões emprestados naquela época.

Leia aqui.

Azar o deles. Não dizem que a inadimplência fazem os juros subir? Será que para quem é um bom cidadão, paga suas contas em dia e nunca deu um balão no banco, os juros são mais baixos?

Como não tem como saber ao certo, fico com a minha impressão pessoal: desconfio que não. Então, se quem paga em dia, paga por quem deve, tenho zero pena do banco (e nesse mesmo raciocínio, de companhias de energia que reclamam de quem faz gatos/macacos de energia elétrica).

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Por outro lado, se houvesse segurança jurídica e a lei no Brasil protegesse os credores (como é nos lugares decentes do mundo), o risco de levar um calote seria menor, talvez baixasse um pouco os juros.

Mas aqui o é Brasil, e se não podemos nos defender nem dos marginais pé-de-chinelo mais patéticos, imagine do resto...(...)

realmente não precisamos ter pena de bancos, pois eles tem o poder de decidir se emprestam ou não dinheiro, se não confiassem, bastava negar o crédito. Basta simplesmente pesquisar o histórico de crédito do sujeito.

o que tem de errado no processo, o banco tem de decidir hoje se o cliente conseguirá honrar seus compromissos no futuro, mas como saber se o cara vai continuar trabalhando, se não vai enfrentar algum problema sério? E ruim é que os bancos embutem nos juros o risco de crédito do passado de outros clientes para pagamento no futuro do cliente de hoje.

esse negócio de segurança jurídica eu acho balela. No caso de um carro, nenhum banco deseja o carro de volta, isto seria uma dor de cabeça enorme para o banco. E o ferramental de restrição de crédito a disposição dos bancos hoje já torna a vida do devedor um inferno, tente viver nos dias de hoje sem conta corrente nem cartão de crédito.

No Brasil é uma dor de cabeça: requer primeiramente um advogado, depois um MANDADO de busca e apreensão expedido por um juiz, que para ser cumprido é NECESSÁRIO a presença de um OFICIAL DE JUSTIÇA, que só pode cumprir o mandado durante o dia e caso não seja localizado o bem, é feito apenas uma restrição junto ao DETRAN e daí, torcer para ser parado em uma blitz e ser apreendido. Detalhe: O oficial também não vai ficar tentando, no máximo duas vezes
(a maioria das vezes, só tentam uma vez), e em hipótese nenhuma o cidadão será preso.

Nos OOZA, tu atrasa em um dia, no outro, algum funcionário do banco chuta tua porta e leva o carro, nem precisa acionar a justiça para nada, desde que tenha essa cláusula em contrato, e se você oferecer resistência a polícia vem e prende na hora. Somente se o bem não for encontrado (e a dívida não for paga), é que é iniciado o processo CRIMINAL e lá, caso o carro não apareça nem o cidadão pague, ele vai puxar cadeia até pagar, e ainda vai pagar as custas de processo e de "estadia" na penitenciária. Traduzindo: se ferra. Por isso que existe a falência pessoal, e se o cidadão realmente não puder pagar, ele faz isso para evitar a prisão, e o que acontece é que todo o seu patrimônio será LIQUIDADO para pagar a dívida, até o último centavo. Todo esse processo não dura três meses, do sujeito não pagar E sumir com o carro, até ser liquidado. Por isso que lá, quando eles devem realmente por infortúnios financeiros, eles entregam o carro ou o bem antes disso tudo.

é verdade, conheço histórias até de uma financeira que mandou uma funcionária na casa do devedor na tarde do dia 24 de dezembro (ela conhecia o devedor, e morava perto). Óbvio, não achou nem o carro nem o devedor, que espertamente guardava o carro escondido em outro lugar.

mas eu quis dizer que não vale a pena apreender um carro.

mesmo lá nos USA as financeiras não têm muito interesse na retomada do bem, já que o valor do carro depreciado pode ser menor que o valor da dívida, e sempre tem custo, alguém tem de ir pegar o carro, depois precisa de um lugar para deixar o carro parado, vai ter de deixar em alguma loja para tentar revender. E como esperto tem no mundo todo, geralmente quem deixa de pagar as prestações, também deixa o carro totalmente detonado.

faz um tempo que eu li sobre um sistema, na Inglaterra, se não me falha a memória, em que o carro podia receber um sistema de monitoramento a distância, serve para um monte de coisas, e até é possível desativar o carro à distância, aí o devedor fica com o carro parado até pagar os atrasados.

esse sistema que vc menciona ,ocorre atualmente,nos EUA,pois a maioria dos carros financiados já vem com esse sistema previamente instalado pelo banco..funciona da seguinte forma,ao financiar o veículo,o futuro comprador assina concordando com as cláusulas do contrato que constam o bloqueio e monitoramento do veículo em caso de atraso ( a partir de 3 meses),sendo assim,o bem é facilmente resgatado e tomado pelo banco,em havendo inadimplência...ahh se a moda pega por aqui,haveria uma central do tipo car system,funcionando 24 horas,só bloqueando os carros...kkkk!!!

esse sistema mesmo, Leonardo!

se eu tivesse carro financiado hoje, acho que se o banco topasse eu devolvia o carro na hora, hehehehe

hoje fui checar as taxas de juros para aplicação num banco de investimento, cara, tudo na faixa de 6% a 7% aa. Imagina estar pagando juros hoje de 2% ao mês.