Usar álcool estraga estofamento de carro?

Em tempos de coronavirus, e usando cada dia mais vezes carros de aplicativos, estive pensando se podemos aplicar álcool 70 graus nos estofamentos, maçanetas, descansa-braço e outras partes internas dos carros.

Já há tempos eu uso lenços umedecidos com álcool 70 quando estou dirigindo, pelo menos no volante e na alavanca do cãmbio. O Objetivo nem era a assepsia, era mais para limpeza mesmo, um tipo de neura que eu tenho. Mas agora estou pensando se poderia aplicar o álcool em outras partes do carro.

uma coisa que li nos jornais brasileiros é que o vírus não gosta de calor forte nem de ar úmido. Possivelmente, o fato de um carro ficar no sol, com a temperatura interna podendo chegar a 50 graus celsius se exposto ao sol e com vidros fechados resolve parte do problema da higienização.

e como o ar condicionado costuma retirar umidade do ar e diminuir a temperatura, pode ser uma recomendação muito boa trafegar com o carro com janelas plenamente abertas.

Alcool estraga porque resseca. Existem produtos específicos para limpeza de estofados, couro e plásticos.
Para carro próprio o Coronavirus não é um problema, para carros compartilhados o mais eficaz e prático é manter os vidros abertos enquanto estiver nele e ao sair lavar bem as mãos/passar alcool.

Acho que o Ar Condicionado pode ser um empurrãozinho para o coronavirus devido ao filtro não ser eficaz e ficar recirculando o ar, ou seja, levantando as gotículas contaminadas até que entrem em contato com nosso organismo.

Olha só este produto para desinfecção de interior de carros:



Os hospitais usam uma forma de luz ultravioleta chamada UV-C para esterilizar salas contra vírus, incluindo as chamadas superbactérias que são resistentes a múltiplas drogas. Fabricantes de acessórios para ambulâncias também oferecem emissores de UV-C para matar micróbios nesses ambientes imprevisíveis. A Jaguar Land Rover está desenvolvendo tecnologia para automóveis que usa raios UV-C nos sistemas de ventilação de seus carros para matar os germes tentando evitar que eles infectem você.

A fabricante de partes para interiores de automóveis Yanfeng está desenvolvendo o chamado "centro de bem-estar" com a tecnologia UV-C no interior. Ele seria montado na fábrica no teto do carro e esterilizaria o ar da cabine, além de oferecer uma seleção de aromas que variam de "amadeirado" a "cítrico". Você deve estar ciente de que o UV-C pode causar câncer e catarata quando direcionado ao tecido humano.

Uma outra alternativa que encontrei, um filtro HEPA:



Esse dispositivo de torre cilíndrica fica em um suporte de copo e filtra quase oito jardas cúbicas de ar por hora, o suficiente para processar o ar em seu carro a cada 30 minutos



HEPA significa High Efficiency Particulate Air, uma frase desagradável para um filtro que remove mais de 99,9% das partículas no ar que são tão pequenas quanto 0,3 mícrons, o que cobre muitos contaminantes transportados pelo ar. A JVC apresentou recentemente o purificador de ar KS-GA100 na CES. Parece um Amazon Echo, mas é um purificador de ar HEPA que fica no suporte do copo do console e sai da tomada de 12 volts do carro, filtrando partículas e ionizando negativamente o ar para obter um aroma limpo. Ele processa aproximadamente oito metros cúbicos de ar por hora que, em um Toyota RAV4 2020, por exemplo, revertia o ar da cabine cerca de duas vezes por hora, supondo que você não tivesse as janelas abaixadas.

uma dica que acho importante quanto ao álcool, é importante usar concentração de 70%. É comum a gente encontrar álcool abaixo de 50%, mas este tipo pode ser ineficiente, já que precisamos que o álcool penetre dentro do vírus, o que acontece por osmose nesta concentração, e lá dentro o álcool deve começar o processo de desnaturar proteínas.

Usar álcool com graduação superior pode não ser funcional, pois evapora extremamente rápido, e devemos usar um produto que possibilite pelo menos um minuto de contato com a pele para garantir que os vírus foram eliminados.

De tal forma que lavar bem as mãos ainda é a melhor técnica de assepsia. O álcool usado em concentração inadequada ou por tempo insuficiente pode não ser totalmente efetivo.